Capital conta com 1 milhão de câmeras
Com o crescimento de 9% do setor de monitoramento eletrônico em 2011, a cidade de São Paulo recordista em equipamentos na América do Sul, bateu a marca de um milhão de câmeras e hoje tem cerca de um aparelho para cada dez habitantes.
Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos (ABESE), que apontam que nenhum paulistano vai e volta de sua casa para o trabalho sem passar por no mínimo dez câmeras de monitoramento.
Somente a Polícia Militar tem 272 câmeras de monitoramento operando na capital cerca de mais de 1,4 mil equipamentos compõem ainda o Sistema de Vídeo Monitoramento Integrada Guarda Civil Metropolitana, que inclui equipamentos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), SP Trans e até da própria PM.
Para o presidente da Abese, Carlos Progianti, esse crescimento que nos últimos cinco anos apresentou alta de 11% e só em 2011 movimentou R$1,8 bilhão deve-se à criminalidade estar mais perto das pessoas e o Poder Público não dar conta de diminuí-la sozinho.
“Hoje é possível falar que todos os paulistanos estão sendo filmados nesse momento e isso é positivo. Basta ligar a TV ou ler os jornais e ver quantos casos estão sendo resolvidos com auxílio dos sistemas de monitoramento”, comentou Progianti.
O especialista em Segurança Pública e Privada Jorge Lordello, diz que as câmeras colaboram em três aspectos.
O primeiro só de estar instalada, na inibição da ação do criminoso. O segundo para movimentar em tempo real e tentar medidas antes que o crime ocorra como comunicar a polícia, e no último caso ao menos constatar flagrantes crimes.
“Acho que esse é um mercado em crescimento, mas ainda é virgem no País. Em locais com a Inglaterra, que tem índices criminais menores, o número de equipamentos é dez vezes maior”, disse.
Antes de escolher o equipamento, pesquise a empresa.
Apesar do grande número de câmeras de monitoramento na Capital, tanto o especialista Jorge Lordello quanto o presidente da Abese, Carlos Progianti, dizem que ainda existem problemas e cuidados que o consumidor precisa ter antes da aquisição.
Para o presidente da Abese, o primeiro cuidado esta na escolha da empresa, que precisa ser autorizada, cadastrada e ter tradição no mercado. Atualmente existem 18 mil empresas em todo o Brasil, na base de dados da associação. ”Comprar segurança não é como comprar uma televisão, por exemplo. É uma relação que começa na compra do aparelho mas, que deve contar com a prestação de informações e cuidados com a manutenção. Por isso, a escolha da empresa é muito importante porque só um bom profissional prestará um bom serviço, que atingirá os objetivos”, comentou Progianti.
Para Lordello, além da escolha da empresa é preciso adquirir materiais de boa qualidade, fazer sempre o serviço de manutenção das câmeras e, principalmente, cuidar das informações gravadas pelos circuitos. Para ele gravar as imagens e cuidar para que essas imagens não sejam roubadas durante crimes tem suma importância. “Hoje existem empresas que guardam as imagens de forma remota. Com isso, mesmo que o criminoso leve as câmeras e queira levar as imagens, existe a segurança em outro local”, disse Lordello. Ele afirmou ainda que é preciso cuidar também do monitoramento dessas imagens para evitar que o crime ocorra antes de ele começar.
Jornal Metro News/SP